A primeira-dama da França, Brigitte Macron, voltou a ser alvo de ataques transfóbicos nas redes e, desta vez, teve seus dados fiscais invadidos por um hacker que alterou os registros oficiais para incluir um nome masculino. A informação foi confirmada por Tristan Bromet, assessor de Emmanuel Macron, em entrevista à emissora francesa BFMTV.
Segundo Bromet, Brigitte ficou “chocada” ao saber da violação. A equipe jurídica do casal apresentou uma queixa formal às autoridades francesas, e dois suspeitos já foram identificados pela polícia. O caso soma-se a uma série de ataques que a primeira-dama, de 72 anos, vem sofrendo desde 2017, quando Emmanuel Macron foi eleito presidente da França.
Entre os rumores infundados espalhados nas redes sociais, está a alegação de que Brigitte teria nascido homem, com o nome de Jean-Michel Trogneux , boato que ganhou força por meio de postagens virais e vídeos conspiratórios. A origem da fake news remonta a círculos extremistas e teorias da conspiração que visam descredibilizar o casal presidencial.
Nesta segunda-feira (27), dez pessoas; oito homens e duas mulheres, entre 41 e 60 anos estão sendo julgadas em Paris sob a acusação de assédio virtual contra Brigitte Macron. O caso foi precedido, em 2023, pelo julgamento de outras duas mulheres responsáveis por disseminar o boato na internet.
Diante da insistência nos ataques, Emmanuel e Brigitte Macron decidiram acionar judicialmente a influencer americana Candace Owens, apresentando um processo por difamação. O casal promete apresentar ao tribunal “provas científicas” de que as alegações são falsas e infundadas.
Em declaração à imprensa, o presidente francês lamentou os ataques “machistas e sexistas” dirigidos à esposa, que descreveu como “uma mulher forte e companheira incansável”. Ele também criticou a disseminação de mentiras: “O pior são as informações falsas, cenários inventados que acabam sendo acreditados e perturbam até nossa intimidade”.
O advogado Tom Clare, representante dos Macron no caso contra Owens, afirmou ao podcast Fame Under Fire, da BBC, que seus clientes estão preparados para apresentar provas “genéricas e específicas” que desmontem as acusações.
Fonte:Notícias ao minuto



