Caso João Vitor: empresa M R Segurança foi extinta há 7 anos; inquérito é remetido ao MP

Na madrugada do crime, testemunhas relataram aos policiais militares que a confusão teria começado após o chefe dos seguranças do evento Marcio Renê, agredir uma mulher dentro da festa. Essas brigas, evoluíram para um tumulto generalizado ao lado de fora do parque, pois os seguranças teriam sido truculentos, o que gerou grande revolta, incluindo arremessos de objetos contra a equipe de seguranças

A situação do segurança e cabelereiro, preso preventivamente há 12 dias pelo homicídio de um adolescente de 15 anos em uma festa de rodeio em Ouro Preto do Oeste, na madrugada do dia 10 de maio, só complica. O relatório final da Polícia Civil de Ouro Preto do Oeste que apurou a morte do adolescente João Vitor de Jesus, 15 anos, e chegou a mais 14 pessoas envolvidas na rixa que causou três brigas na festa, a última dela com o desfecho trágico, foi remetido para o Ministério Público oferecer a denúncia ao Judiciário.

A certidão de óbito e o laudo tanatoscópico anexado ao inquérito descreve que o garoto foi atingido no peito pelo segurança Márcio Renê dos Santos Silva, responsável pela empresa contratada para prestar segurança na festa denominada “Encontro dos Cowboys”, e indica como causa da morte choque hipovolêmico provocado por lesões perfuro-incisas no tórax que transfixaram os pulmões.

A equipe de investigadores designada para apurar os fatos, após pesquisas realizadas junto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, Polícia Federal e Receita Federal, constatou que Márcio Renê está com o curso de vigilante vencido desde 2014. E mais: a empresa M. R. SEGURANÇA, cujo sócio é Márcio Renê, foi extinta de forma voluntária em 2018.

Os investigadores identificaram 14 rixosos, sendo cinco “seguranças” e nove populares, incluindo quatro homens e cinco mulheres. O relatório da Polícia Civil indicia o segurança por homicídio duplamente qualificado pela prática do crime previsto no art. 121, § 2º, incs. II (fútil) e IV (recurso que dificultou a defesa da ofendida). Os demais envolvidos, deverão responder por crime de rixa (art. 137, parágrafo único, do Código Penal).

O relatório sob responsabilidade do delegado Niki Locatelli, que conduziu o inquérito, aponta que a motivação principal para a rixa entre seguranças e um grupo de jovens do lado de fora do parque, teria sido, segundo os depoentes, sob a acusação de que os “seguranças” teriam agredido mulheres, razão pela qual os populares hostilizavam e jogavam objetos nos seguranças em decorrência da situação prévia registrada anteriormente, dentro da festa.

O relatório da Polícia Civil também concluiu que Márcio que Márcio Renê não possui empresa de segurança privada regular, e a empresa que ele usou para celebrar contrato com a associação que realizou a festa do Cowboy não consta o exercício de atividade econômica na área de segurança privada, e tem como atividade principal “cabeleireiros, manicure e pedicure – como secundária “bares e outros estabelecimentos especializados em servir bebida, com entretenimento.

Outro agravante: o segurança também não possui porte de arma de fogo, apenas registro (posse). Ele e sua equipe participam da rixa em frente à portaria do evento e estava portando ilegalmente a arma na cintura.

Na madrugada do crime, testemunhas relataram aos policiais militares que a confusão teria começado após o chefe dos seguranças do evento Marcio Renê, agredir uma mulher, revoltando os populares que passaram a hostilizar os seguranças. Essas ocorrências de brigas ocorreram no interior do parque de exposições após o final do evento.

Essas brigas, evoluíram para um tumulto generalizado ao lado de fora do parque, pois os seguranças teriam sido truculentos e agredido mulheres, o que gerou grande revolta, incluindo arremessos de objetos contra a equipe de seguranças.

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Fonte:correio central.

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