Esposa é apontada como mandante do assassinato de Geneton Marcolino em Ji-Paraná, conclui Delegacia de Homicídios
A Delegacia de Homicídios de Ji-Paraná esclareceu um dos crimes de maior repercussão deste ano. Após meses de investigação, a Polícia Civil concluiu que o assassinato de Geneton Marcolino dos Santos, de 32 anos, ocorrido em 15 de fevereiro, foi premeditado e teria sido encomendado pela própria esposa da vítima.
O homicídio ocorreu nas proximidades do Posto Nortão, quando quatro homens se aproximaram de Geneton e efetuaram diversos disparos. A vítima ainda chegou a ser socorrida e encaminhada ao hospital municipal, mas não resistiu aos ferimentos.
Logo após o crime, a equipe da Delegacia de Homicídios, coordenada pelo delegado Flaviano José, iniciou uma investigação minuciosa para identificar a motivação e apontar os autores. Durante as diligências, os investigadores encontraram indícios que mudaram totalmente o rumo do caso: a esposa da vítima, Isis, passou a ser considerada a mandante.
Segundo a Polícia Civil, Isis procurou Paulo, conhecido como Paulinho “Cadeirante”, já falecido, para que ele intermediasse o contrato com os executores. Como forma de pagamento, ela teria entregue duas motocicletas Honda Biz ao intermediário.
Durante a apuração, a polícia teve acesso a áudios considerados decisivos. Em um deles, Paulinho questiona Isis se Geneton já havia morrido e, ao saber que ainda estava vivo, afirma que os assassinos retornariam para “terminar o serviço”. O conteúdo reforçou a tese de crime arquitetado e executado sob encomenda.
Em entrevista, o delegado Flaviano José destacou o trabalho da equipe e explicou que a linha investigativa se consolidou à medida que novas provas surgiam.
“Com as provas reunidas, o inquérito segue agora para a Justiça. As investigações continuam para identificar todos os envolvidos na ação criminosa”, afirmou o delegado.
A Polícia Civil ainda trabalha para localizar os demais suspeitos que participaram diretamente da execução, já que alguns envolvidos fugiram do município após o crime.




