Christopher Scholtes, de 37 anos, foi acusado nesta semana de homicídio doloso pela morte da filha de dois anos, Parker, em Tucson, no estado do Arizona (EUA). A menina foi encontrada sem vida após ser deixada trancada dentro de um carro sob temperaturas extremas, enquanto o pai estava em casa assistindo a vídeos pornográficos, jogando videogame e bebendo cerveja.
O caso ocorreu em julho do ano passado, durante o verão no Hemisfério Norte, mas os detalhes foram revelados em audiência judicial nesta terça-feira (14). Segundo a Promotoria, Scholtes havia deixado o carro ligado, com o ar-condicionado funcionando, enquanto entrou em casa. Ele teria “perdido a noção do tempo”, e o veículo — um Acura 2003 — acabou desligando sozinho, deixando a criança confinada e exposta ao calor.
De acordo com o legista do condado de Pima, quando os socorristas chegaram, a temperatura interna do carro era de 42°C, e Parker já havia morrido por exposição ao calor extremo.
Mensagens de texto apresentadas no tribunal mostraram que a negligência era recorrente. A mãe da criança, Erika, enviou uma mensagem ao marido enquanto a filha era levada ao hospital: “Eu te disse para parar de deixá-los no carro, quantas vezes eu já te disse?”.
Mais tarde, já no hospital — onde trabalhava como anestesista e onde a menina foi atendida —, Erika mandou outra mensagem: “Nós a perdemos. Ela era perfeita.” Scholtes respondeu: “Querida, me desculpe! Como eu pude fazer isso? Eu matei nosso bebê. Isso não pode ser real.”
O casal tem outras duas filhas, de 5 e 9 anos. Apesar das evidências e das mensagens trocadas, Erika defendeu o marido em tribunal, chamando a morte da filha de “um erro trágico”. O caso segue sob investigação, e Scholtes permanece respondendo ao processo por homicídio doloso.
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Fonte:Notícias ao minuto