Polícia impede ataque terrorista durante show de cantora americana no Rio; mandado judicial foi cumprido em cidade a 350 km de Vilhena

DEPUTADO NIM


05/05/2025 10:15:00

 

Um homem de 44 anos anunciou que mataria uma criança e transmitiria o ato ao vivo durante o show

 

O secretário de Polícia Civil do Rio, Felipe Curi, classificou como planos de “ataques terroristas” os atentados a bomba planejados por um grupo de pelo menos oito pessoas durante o show realizado no sábado, 3, pela cantioa americana Lady Gaga, em Copacabana (RJ).

 

O QUE ACONTECEU

“Operação impediu um mal muito maior”, afirmou o secretário. Em coletiva de imprensa, Curi descreveu o passo a passo da operação que aconteceu simultaneamente em diversos endereços para desarticular o grupo que planejava os ataques terroristas.

 

O plano de ataque, segundo a polícia, teria o show de Lady Gaga como alvo. Coquetéis molotov e explosivos improvisados seriam utilizados pelo grupo extremista durante a apresentação na praia de Copacabana.

 

Grupo atuava nas redes sociais promovendo discursos de ódio, crimes contra crianças, adolescentes e pessoas LGBTQIA+. Os criminosos foram desarticulados na operação da Polícia Civil intitulada ”Fake Monster”.

 

“O título da investigação é terrorismo. Eles estavam se articulando para fazer esse ataque. Então, é uma investigação justamente sobre ataques terroristas. Conseguimos os mandados junto ao Poder Judiciário, num trabalho silencioso, discreto, que não criou nenhum pânico na população. Foi uma operação que impediu que um mal muito maior fosse executado”, disse Curi.

 

HOMEM PLANEJAVA RITUAL PARA MATAR CRIANÇA

Um homem de 44 anos anunciou que mataria uma criança e transmitiria o ato ao vivo durante o show. Ele foi um dos alvos da operação da Polícia Civil e teve aparelhos celulares apreendidos em sua residência, em Macaé (RJ). Preliminarmente, ele não teria relação com o grupo que planejava os ataques com bombas em Copacabana.

 

Crime seria parte de ritual. O homem suspeito de terrorismo disse que transmitiria ao vivo a morte de uma criança como forma de retaliação a cantora Lady Gaga pois, segundo ele, a artista seria adepta do satanismo. As informações foram divulgadas pelo secretário de Polícia Civil do Rio.

 

O ritual seria feito durante a apresentação e transmitido ao vivo por uma rede social em local não foi identificada. De acordo com a delegada Maria Luiza Machado, da 19ª DP (Tijuca), uma das coordenadoras da operação, o homem está sendo investigado por incitação ao crime e terrorismo.

 

Alerta foi feito pelo Consulado dos Estados Unidos. Ainda segundo a delegada, o homem passou a ser investigado após o consulado ter entrado em contato com a Polícia Civil avisando que ele tinha feito uma postagem em redes sociais anunciando que cometeria o crime. O suspeito viveu por mais de 20 anos nos Estados Unidos antes de ser extraditado.

 

OPERAÇÃO FAKE MONSTERS

Operação teve nove alvos. Além do homem de Macaé, outras oito pessoas são investigadas no âmbito da Operação Fake Monsters. Sem relação com o caso do ritual, eles estariam planejando ataques a bomba em Copacabana, no show da cantora.

 

Adolescente do Rio de Janeiro foi apreendido e homem do Rio Grande do Sul, preso. Segundo a Polícia Civil, os dois seriam os coordenadores do plano para os atentados lançando desafios em uma rede social para que outras pessoas fizessem a execução, em busca de notoriedade.

 

O homem foi preso em flagrante por porte ilegal de três armas de fogo. O adolescente armazenava pornografia infantil.

 

Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão contra nove alvos. Foram apreendidos dispositivos eletrônicos e outros materiais, que serão analisados pela polícia. A operação aconteceu nos municípios do Rio de Janeiro, Niterói, Duque de Caxias e Macaé, no Rio; Cotia, São Vicente e Vargem Grande Paulista, em São Paulo; São Sebastião do Caí, no Rio Grande do Sul; e Campo Novo do Parecis, cidade de Mato Grosso a cerca de 350 km da divisa do Estado vizinho com Rondônia.

 

“Desde a última segunda-feira, vínhamos fazendo esse monitoramento de um possível plano de atentado voltado para atingir a comunidade LGBTQIA+. Em parceria com o Ministério da Justiça, identificamos os autores, que atuavam pela plataforma Discord, e solicitamos a quebra de sigilo. Fizemos um trabalho em silêncio, sem criar pânico, e prendemos os principais líderes”, explicou Felipe Curi.

 

 

 

Fonte: UOL
Autor: Da redação





Fonte:Folha do Sul Online

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